domingo, 30 de janeiro de 2011

A arte de quem não sabe fazer arte

Olá a todos!

E não é que eu voltei? Comecei a trabalhar e fiquei com preguiça de aparecer de novo.

Mas aqui estou eu! Firme e forte!

Outro dia, estava no trabalho a toa e pensando na vida, quando lembrei de algo que eu costumava fazer durante as aulas, quando estava particularmente entediada. Fazia sempre que não queria escrever ou não conseguia dormir, e não estava particularmente interessada na aula, porque é algo que consome a minha atenção de uma maneira impressionante.

Aí, eu peguei um papel lá já utilizado e comecei a rabiscar, e foram essas as obras primas que surgiram:

















Eu sempre faço rabiscos aleatórios e então coloro alguns pedaços com a própria caneta. Normalmente eu gosto dos resultados finais, como esses. Não é nenhum Picasso, mas diverte, ajuda a passar o tempo e eu fico orgulhosa do resultado final!

Beijos,
até a próxima!
Akiko

domingo, 10 de outubro de 2010

Feminismo x Machismo

Olá a todos!

Mais de mês, não é?

Bem, não tinha nenhum assunto sobre o qual eu queria falar, então não falei nada!

Mas outro dia tava passeando pela internet e vi um artigo de uma mulher dizendo que hoje em dia pessoas dizem que as mulheres e o feminismo já conseguiram tudo o que queriam, mas a autora apontava certas situações do dia a dia em que é possível perceber que isso não é verdade. Bem, no final do artigo ela pediu para as outras pessoas comentarem sobre experiências próprias e tudo mais. Vários dos exemplos dados ali eu fiquei surpresa. Nada de muito exagerado aconteceu comigo e eu mesma não sou feminista a ponto de me importar com coisas pequenas. Onde trabalhei era tudo comandado e decidido por mulheres. Talvez tenha sido uma excessão a regra, mas aconteceu assim.

De qualquer jeito, o que eu queria comentar era outra coisa.

O discurso das feministas é sempre que as mulheres precisam ser respeitadas como iguais aos homens e elas têm o direito de fazer todas as coisas que eles fazem, receberem salários iguais, e tudo o mais. Todo mundo conhece essa história.

Mas eu queria falar sobre o meu ponto de vista no assunto. Que eu acho que é um pouco diferente.
O meu ponto é que não adianta querermos ser respeitadas como iguais, porque somos diferentes. Tanto fisicamente quanto psicologicamente falando. Talvez essas diferenças tenham surgido a partir do machismo, mas ainda assim, até que a próxima evolução faça efeito e sejamos fisicamente e psicologicamente iguais, eu acho meio absurdo batermos na mesma tecla de que "somos todos iguais", porque simplesmente não somos.
Então, o meu ponto é que não devemos ser respeitadas como iguais, mas como diferentes.

É interessante porque sempre vejo pessoas dizendo que os homens não viam as mulheres com respeito porque eles consideravam os trabalhos que elas faziam (cuidar da casa e dos filhos) como inferiores ao que eles faziam. E o que nós mulheres fizemos? Nós concordamos! Porque ao invés de tentar convencê-los de que esse era um trabalho tão importante quanto cuidar da economia mundial, nós resolvemos então nós mesmas saírmos de casa e trabalhar fora. E eu pergunto, o que isso indica? Indica que nós concordamos em gênero, número e grau. Cuidar da casa e dos filhos realmente não é um trabalho que merece respeito.

Então fomos a busca de respeito, largamos os nossos trabalhos e a cada dia procuramos provar que somos tão homens quanto os homens. E provamos que conseguimos dar conta dos trabalhos deles tão bem ou melhor do que eles.

Não me entendam mal, eu acho que o feminismo foi importante, as mulheres não tinham quase direito nenhum e estavam desprotegidas se não fossem casadas. E o feminismo lutou contra isso. Mas acho que nessa luta nós mulheres esquecemos de coisas importantes, e eu acho que já está na hora de lembrar delas de novo.

Não sei, talvez algumas pessoas considerem o meu pensamento machista, mas eu não acho. Eu não vejo porque cuidar da casa e dos filhos é degradante. Cada um tem seu papel na sociedade e contando que eu possa escolher qual papel eu quero fazer, porque não? Entendo perfeitamente que existem mulheres que não querem isso para elas, não querem cuidar da casa e dos filhos, têm outros sonhos e desejos, mas às vezes sinto como se as feministas se sentissem agredidas quando uma mulher resolve deixar o sustento dela mesma a cargo do marido, enquanto ela cuida da casa e da família. Em certas situações realmente isso não funciona, mas se em outras funciona, porque achar ruim?

No fim das contas, acho que estamos chegando numa fase da história em que os extremismos simplesmente não funcionam mais. Temos que batalhar para encontrar um equilílibrio, onde todos possam pelo menos chegar mais perto daquilo que querem, sem precisar mover montanhas para isso, ou lutar contra a maré...

Bem, era só isso. Não sei se ficou muito claro. Qualquer coisa eu falo de novo sobre o assunto depois, tentando me esclarecer melhor.

Quanto ao artigo que li, não lembro onde foi nem quem foi, e estou com preguiça de procurar, mas se alguém fizer muita questão, eu acho que consigo achar de novo.

Beijos e até a próxima!
Akiko, não tão feminista nem tão machista.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tudo Green Gables

Olá!

Agora tenho duas seguidoras. Tá aumentando, não é?

Hoje eu vou falar sobre a série Anne of Green Gables de Lucy Maud Montgomery.

Primeiro vou falar da autora: ela nasceu em 1874 no Canadá numa cidade que chama Clefton em Prince Edward Island. Ela perdeu a mãe jovem e o pai dela casou de novo depois. Mas ela não gostava da madrasta, então foi morar com a avó. Ela foi sempre uma criança muito sozinha e com imaginação. Durante toda a vida dela ela escreveu um diário e depois eles foram publicados (ela mesma escreveu uma autobiografia antes de morrer, mas os diários foram publicados depois da morte dela). Ela ficou noiva durante muitos anos antes de se casar, pois era ela que cuidava da avó e ela não queria casar e deixar a avó sozinha, então ela e o noivo esperaram. Ela casou com um padre e teve três filhos - todos meninos mesmo, mas o segundo morreu no parto.

Eu li por aí que ela escreveu nos diários dela durante toda a vida, mas que o começo da Segunda Guerra Mundial deixou ela muito deprimida e ela parou de escrever, e um pouco depois ela morreu. Ela morreu em 1942 com 67 anos.

A Montgomery escreveu muitos livros e contos na sua vida, mas com certeza sua história mais famosa é a série de Anne of Green Gables. A série tem oito livros contando a história da vida de Anne Shirley desde os 11 anos até mais ou menos os 50 anos.

Os livros são, em ordem cronológica:

1) Anne of Green Gables
2) Anne of Avonlea
3) Anne of the Island
4) Anne of Windy Poplars
5) Anne's House of Dreams
6) Anne of Ingleside
7) Rainbow Valley
8) Rilla of Ingleside

Além disso, ela lançou dois livros de contos que apesar de não ter a Anne como personagem principal, são pessoas que moram na mesma cidade que ela. Os livros chamam:
1) Chronicles of Avonlea
2) Further Chronicles of Avonlea

A série é famosa mundialmente, ela tem uma adaptação para mangá com a arte feita pela Igarashi Yumiko, uma artista japonesa famosa que faz mangás especialmente para meninas. O mangá foi dividido mais ou menos de acordo com os livros, ou as etapas da vida da Anne. São no total 5 volumes. E o traço é maravilhoso!

Além do mangá também existe uma adaptação para anime. Eu vi alguns episódios, mas achei extremamente cansativo. O anime é do final dos anos 70 e tem muitas características dos animes daquela época. Algo que por si só não me incomodaria, mas cada episódio do anime é praticamente um capítulo do livro, do primeiro livro. E o anime tem 50 episódios. O anime se chama Akage no Anne, que significa Anne de cabelos vermelhos.

Existe também um outro desenho animado, mais novo, produzido, acredito, no Canadá. 

E, por fim, existem as adaptações para filmes e séries. Eu conheço apenas uma adaptação, que acredito ser até hoje a mais famosa, mesmo que não extremamente fiel. É uma série de 3 filmes, na verdade, mas eu tenho apenas os dois primeiros.

O primeiro filme - Anne of Green Gables - conta basicamente a história do primeiro livro, o segundo - Anne of Green Gables The Sequel - mistura um pouco a história dos outros livros, mas é uma boa adaptação e a Megan Follows imortalizou a Anne. O terceiro filme é uma adaptação do oitavo livro da série, mas ao invés da protagonista ser a filha da Anne, como acontece no livro, é a própria Anne. Os dois primeiros filmes são dos anos 80, o terceiro é de 2000.

A história, como já disse antes, gira em torno de Anne Shirley, uma menina órfã com uma imaginação incrível. Com ela é tudo 8 ou 80. Quando ela era um bebê seus pais morreram de febre tifóide com poucos dias de diferença entre os dois. Como eles não tinham familiares, uma mulher que morava perto deles adotou a Anne e cuidou dela até mais ou menos os 7 anos. Por algum motivo ela não pode mais ficar com a Anne e a menina vai morar com uma outra senhora, para ajudá-la a cuidar da casa e dos filhos. Aos 11 anos essa senhora deixa Anne num orfanato, pois não tinha mais condições de ficar com ela.

Anne fica no orfanato por 3 meses até que finalmente a diretora do orfanato manda a menina para morar com um casal de irmãos na cidade de Avonlea, em Prince Edward Island. Na verdade, Marilla e Mathew Cuthbert queriam um menino para ajudar Mathew a cuidar da fazenda, mas Mathew idolatra a Anne desde o começo e convence a Marilla a ficar com a menina.
A Anne encanta todo mundo que conhece ela, a não ser os invejosos e mesquinhos, que sempre existem. Com sua imaginação fértil ela está sempre inventando histórias, mas é uma menina honesta e muito sentimental.

Sua melhor amiga é Diana Barry, que mora na casa mais próxima de Green Gables, a fazenda onde Anne mora com os Cuthbert. A Diana é o oposto da Anne, super pé no chão, mas ela adora a Anne tanto quanto a Anne adora ela, mesmo ela não sendo tão prolixa sobre o assunto quanto a Anne.

O pior inimigo de Anne é Gilbert Blythe. Ele teve a infeliz idéia, no primeiro dia em que conheceu ela, de chamar Anne de Carrots, em homenagem ao cabelo da menina, que era vermelho. Acontece que o cabelo de Anne era seu maior sofrimento, e ela ficou furiosa. Desde então ela disputa com ele na escola o primeiro lugar nas matérias, mas ela nunca admite, porque ela se nega a admitir a existência dele no mundo.

Matthew Cuthbert é um dois "pais" adotivos de Anne. Digo "pais" porque ele e Marilla na verdade são irmãos, e apesar de criarem Anne, eles nunca se dizem pais dela. A idéia inicial era adotar um menino para ajudar Matthew a cuidar da fazenda, e quando ele encontra Anne ele não consegue dizer isso à ela, porque ele morre de medo de mulheres no geral. Como Anne fala pelos cotovelos e não espera que ninguém responda realmente as perguntas dela, ele acaba gostando dela e insiste com a Marilla para que eles adotem a Anne no fim das contas.

Marilla Cuthbert é a irmã de Matthew. Ela é bem rígida, mas justa. Ela mora com Matthew em Green Gables e fica possessa quando ela percebe que o Matthew cismou de adotar a Anne. Mas a Anne acaba encantando ela também e ela decide adotar a menina e criá-la corretamente.

Rachel Lynde é casada com Thomas Lynde e os dois são vizinhos de Matthew e Marilla. Rachel é aquele tipo de senhora que sempre diz o que pensa. No começo ela e a Anne não se dão muito bem, mas depois elas fazem as pazes. No fundo ela é uma boa pessoa e ela está sempre disposta a ajudar quem precisa. Mesmo que ela espalhe histórias de todo mundo pela cidade inteira.

E bem, esses são os personagens principais. Claro que a medida que a história vai desenvolvendo mais personagens aparecem, mas não vale ficar falando demais também, se não estrago pra todo mundo!

Eu gosto da série pela Anne, porque ela é extremamente cativante, e ela se mete em umas confusões que te mata de rir, mas também porque todos os personagens que existem ali, você acredita que eles realmente poderiam ter existido. E você pode até conhecer alguém parecido. Além do mais, acho interessante que ela conta quase toda a vida da Anne na série, inclusive uma parte da vida dos filhos da Anne (ela teve sete: quatro meninas e três meninos).

E isso me lembra que eu devo comentar em especial sobre os 3 últimos livros da série. Até Anne's House of Dreams os livros sempre seguem a Anne. É a história da vida dela. Já em Anne of Ingleside a história se divide um pouco. Ela é contada do ponto de vista da Anne, mas também do ponto de vista dos seus filhos mais velhos, pois nesse livro dois de seus filhos ainda são bebês. No sétimo livro, Rainbow Valley, o livro segue os filhos da Anne, ainda crianças, nas sua brincadeiras e imaginações.

Mas o oitavo livro segue apenas a filha mais nova de Anne, Bertha Marilla, ou simplesmente Rilla. Claro que a Anne e os irmãos de Rilla também aparecem na história, mas a personagem principal é a Rilla. E é interessante porque a história se passa durante a Primeira Guerra Mundial. E é muito interessante ver a guerra do ponto de vista feminino. No início da guerra dois dos irmãos de Rilla vão para a batalha - mais para frente seu outro irmão, apenas um ano mais velho que ela, vai também - e suas irmãs também vão para a Guerra trabalhar como enfermeiras. E Rilla fica em casa com a mãe e o pai, adota uma criança enquanto o pai da criança vai para a Guerra e espera pelas notícias chegarem. É uma situação muito frustrante. E se você não chorar lendo o livro, não sei o que te faria chorar.

Bem, e é só. Sei que não dei informação demais, mas eu garanto que é bom!

Beijos, até a próxima.
Akiko

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

As Aventuras de uma garota nas baladas de Belo Horizonte

Olá de novo!

Primeiro gostaria de comentar a felicidade que tive hoje ao finalmente reparar que eu tenho uma seguidora! Yuhuuu! How cool is that?! Minha primeira seguidora ever. O fato de ela ser uma das minhas melhores amigas e que ela provavelmente faria quase de tudo pra me agradar é completamente irrelevante.

Este post não deve ser muito grande, porque apesar de tudo, não sou uma frequentadora assídua das baladas de Belo Horizonte. A verdade é que namorei durante muitos anos, e eu tava fora do mercado, logo, fora das baladas. E agora estou tentando sutilmente me jogar de volta, e a situação está se provando mais difícil do que eu imaginava, apesar de que um pouquinho cômica. Mas vocês sabem, a gente sempre tem que ver o lado bom e divertido das coisas.

Nas duas vezes que saí nas noites de Belo Horizonte eu descobri duas verdades:

1) As boates são basicamente um recanto gay.
Eu particularmente não tenho nada contra gays. Mas acho que até mesmo eles vão entender minha tristeza ao entrar numa boate procurando homens héteros, e encontrando homens gays. Quero dizer, os gays são divertidos, são meus amigos, mas eles não estão nem um pouquinho afim de ficar comigo, e isso apaga um pouco meu ânimo.

2) Tolkien tirou a idéia do Condado de Belo Horizonte.
Se você leu o livro ou viu o filme vai me entender. Tudo bem que eu não sou exatamente baixinha, e mesmo com salto 8 já fico mais perto de 1,80m do que de 1,70m. Mas é triste quando você entra num recinto e você consegue ver acima da cabeça de todo mundo, excluindo alguns seres bizarros como você mesmo.

Eu devo admitir que no dia seguinte à minha última balada/noitada eu fiquei meio desanimada em tentar sair de novo. Quero dizer, qual era o ponto? Na minha cabeça obviamente não existiam homens em BH maiores que 1,80m, héteros e que estivessem interessados em mim.

Mas então um pensamento passou pela minha cabeça "E se, na verdade, eu simplesmente estou indo para o lugar errado?" E eu pensei com meus botões que isso não era tão impossível. As duas vezes que eu saí foram para duas boates. Mas não existem só boates em BH, existem outros lugares (ela implora aos céus).

Logo, numa conversa com um amigo, resolvemos tentar outro tipo de lugar. A experiência ainda não foi realizada, portanto ainda não tenho resultados. Mas essa conversa toda me deu uma idéia. Uma idéia que eu nunca, pelo menos sozinha, conseguiria por em prática, porque sou muito preguiçosa e porque eu ia ter que aprender muito mais do que tenho vontade sobre web design.

Chegando ao ponto. Pessoas de BH já devem ter ouvido falar de sites como GuiaBH ou AgendaBH. O problema desses sites é que eles só dizem onde estão os bares, boates e festas que você pode ir. Mas não têm nenhum tipo de informação para os desinformados como eu. Não tem como eu descobrir através desses sites se para encontrar um cara é melhor eu ir na Velvet ou no Albano's.

Logo pensei "Meu Deus! Alguém devia inventar um site com esse tipo de informação!" Estou partindo do princípio de que não sou a única pessoa que está perdida no assunto. Deve ter mais gente por aí que saiu de relacionamentos longos e, portanto, fora das baladas e do mercado, e agora, tentando voltar, se encontrou em situações completamente contrárias aquelas que esperava. Através de um site desses as pessoas trocam informações "A boate tal tem música boa, mas se tá procurando héteros, melhor ir pra boate X." Ou coisas nesse estilo.

De verdade mesmo eu não tenho vontade nenhuma de montar um site desses, ou organizar um já pronto, ou até mesmo de participar de um já pronto. Mas que eu me aproveitaria da informação de um site desses, ah, eu aproveitaria. E definitivamente minhas noitadas iam ter resultados mais positivos do que encontrei até agora! E aposto que os de muitas outras pessoas também.

Bem, era só isso. Vou deixar vocês ruminando sobre o assunto.

Beijos,
Akiko.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Saga Crepúsculo

Boa tarde!

Já vou avisando desde já que este post não é pra xingar Crepúsculo, desculpe, mas eu gosto.

Na verdade, quando o 3º filme da Saga foi lançado esse ano, vi muitos comentários a favor e contra a série. Como normalmente os comentários a favor se limitavam a "Mas o Edward (ou Jake) é lindo!" ou qualquer coisa nesse estilo, ou, o que é pior, pessoas dizendo que na verdade o livro é feminista, ficou muito fácil para os comentários contra ganharem. E eu devo dizer que eu não gosto disso.

Não aguento o preconceito contra os vampiros e lobisomens da Saga. Dizendo que eles não são vampiros/lobisomens de verdade. OK, me desculpe, às vezes eu não ando muito nas ruas à noite ou no meio do mato... Mas alguém aí já viu vampiro ou lobisomem? Como assim vampiro ou lobisomem de verdade? É mito, pelo amor de Deus! E eu sinto muito, mas até onde eu saiba, eu tenho total direito de interpretar os mitos da maneira que eu quiser.

As pessoas estão dando uma importância tão grande pra essa saga, mas eu acho que pelos motivos errados. Coisas irrelevantes. A Saga trata de X, mas todo mundo insiste em discutir sobre Y e Z. A mensagem é saudável e, eu acho, óbvia. Quero dizer, algum adulto responsável aí acha legal meninas de 14 anos fazendo sexo sem nem saber direito o que é isso, porque elas foram pressionadas pelo grupo? É bom para as meninas verem que elas têm o direito de ficarem virgens se quiserem, independente do motivo. E para os meninos também. O tanto de gente (homens na sua maioria) que vi dizendo que o Edward era gay porque ele não queria fazer sexo com a Bella antes de casar já perdi a conta. E eu pergunto: É problema seu se o cara ou a menina quer ou não fazer sexo agora ou depois?

Diga-se de passagem, acho que os homens estão é preocupados. Se esse tipo de história pega (e já pegou, sinto muito informar), vai ser muito difícil pra eles alcançarem as expectativas que nós mulheres estamos criando em relação aos homens.


Bem, é isso. Entendo que tem gente que não quer ler os livros nem ver os filmes e eu respeito isso. E nem estou tentando convencer ninguém a ler, porque apesar de eu ter gostado (sim, no geral, achei bem divertido), não acho que todo mundo vai gostar. Mas sabem de uma coisa, larguem do pé de quem leu e assistiu e gostou. Eles têm tanto direito quanto vocês.

É isso aí,
beijo, não me joguem na fogueira, e até mais!

Akiko

domingo, 8 de agosto de 2010

Tudo Jane Austen

Boa tarde!

Hoje vou falar sobre minha coleção de coisas relacionadas a Jane Austen. Fiquem felizes, podia ser muito maior!


Bem, pra quem não sabe, a Jane Austen - JA de agora em diante - é uma escritora inglesa muito famosa que viveu no final do século XVIII, começo do XIX. Se quiserem saber mais sobre ela, só ir no Wikipedia.

Essa foto aí em cima mostra todas as coisas que já comprei dela até hoje. Agora nós vamos por partes.

O primeiro livro que li dela foi Orgulho e Preconceito. Gostei, e comprei todos os outros livros. Essa foi a primeira coleção dela que comprei:


São livros simples, com papel barato e por isso muito baratos também (apesar de importados, custam uns 11 reais aqui).

Depois comecei a comprar essa coleção:


O primeiro dessa coleção que comprei foi o da Lady Susan, The Watsons and Sanditon. Lady Susan é uma novela (livro com menos de 200 págs) e os outros são livros inacabados da autora. Na primeira coleção não havia esse lançamento, então comprei essa, que tem comentários e notas sobre os costumes da época.

Parei essa coleção de cima no meio para comprar essa:


Essa comprei simplesmente porque ela é muito fofa! São todos de capa dura, têm ilustrações (como as da capa) dentro dos livros, o papel é bem melhor, tem margem dourada e marca-texto embutido (essas fitas que vocês estão vendo pra fora nos três debaixo).

Numa viagem a França, minha irmã comprou esse livro para mim de presente:


Ela honestamente achou que eu ainda não tinha Emma, hehe. Pra fazer ela feliz, eu disse que não tinha essa versão. Ela é em capa dura, com o papel bom também, introdução e comentários.

Há mais ou menos um ano a Marvel (sim, a editora de quadrinhos) fez uma graphic novel (nome chique pra história em quadrinhos) de Orgulho e Preconceito. Lógico que eu não podia deixar de comprar:


A arte é bonita e pra uma graphic novel de umas 100 páginas, bem adaptada. Inclusive, a adaptação foi feita por uma romancista famosa, que escreve romances protagonizados na época da Regência Inglesa, época em que Jane Austen viveu. Não lembro o nome dela, mas se quiserem, posso falar depois.
Fiquei sabendo que essa graphic fez sucesso e estão pensando em fazer outra de Razão e Sensibilidade, outro livro famoso da JA.

Bem, como podem ter percebido, sou meio fissurada em JA. O que fez eu comprar vários livros relacionados com a autora e a sua época:


Na ordem, o primeiro, lá em cima, no canto esquerdo, é a primeira bibliografia da autora, feita pelo seu sobrinho-neto mais velho James Edward Austen-Leigh. Quando ela morreu ele tinha uns 17 anos. Essa versão que eu tenho foi editada depois por um outro JA maníaco que não lembro o nome agora. Nessa bibliografia aparecem algumas cartas da autora e é a primeira vez que aparece The Watsons, Sanditon, Lady Susan e um final alternativo para Persuasion (Persuasão).
O segundo livro fala por si mesmo, são todas as cartas encontradas até hoje dela, organizadas e editadas pela Deirdre Le Faye - que escreveu altos livros sobre a JA.
O terceiro livro chama Jane Austen and her world, da Marganita Lanski. É uma bibliografia da autora, de informação não tem nada de novo, mas tem altas fotos da família da JA e dos lugares onde ela viveu.
O quarto, na segunda fileira, chama What Jane Austen Ate and Charles Dickens Knew do Daniel Pool. É um livro que fala dos costumes do século XIX na Inglaterra, bem interessante. O do meio é uma bibliografia da JA também, essa autora conta mais detalhes da vida dos familiares da JA também, mas pelo que percebi ninguém leva muito a sério as teorias que ela criou.
Já o terceiro da segunda fileira chama Jane Austen The World of her Novels. O livro conta o que estava acontecendo na vida da JA enquanto ela escrevia seus livros e o que estava acontecendo no mundo e na vida da JA quando os livros foram publicados. E o último é teoricamente a primeira continuação dos livros publicados da JA. A autora chama Sybil G. Brinton, ela junta todos os personagens principais dos 6 livros em uma só continuação. Ele é quase bom, mas só quase.

Bem, e aí nos resta os DVDs!


Estes são os DVDs importados. O primeiro que comprei foi a minissérie de Pride & Prejudice, esse embaixo com os dois DVDs iguais e a foto do Colin Firth. Ela lançou na Inglaterra em 1995, eu comprei a edição especial de 10 anos. Logo depois veio o Emma: esse filme é de 1996, com a Kate Beckinsale e o Mark Strong (o vilão do novo filme do Sherlock Holmes). E então comprei o Orgulho e Preconceito de 1940, com a Greer Garson e o Laurence Olivier, eu acho essa versão o máximo. Apesar de ter várias liberdades com a história original, ela é bem divertida. Por último tem a versão de 1996 de Persuasion com a Amanda Root e o Ciaran Hinds (ele faz o César na série Roma da HBO). Todos fofuchos e os meus xodós!

E então tem os DVDs brasileiros:


Vou começar de baixo pra cima. O primeiro é Emma com a Gwyneth Paltrow. Não gosto muito dessa adaptação, prefiro a da Kate Beckinsale, mas eu achei numa locadora, usado, por 7 reais, então levei. Depois tem Razão e Sensibilidade com a Emma Thompson, Kate Winslet e Hugh Grant, dentre outros. É uma adaptação muito boa da história original. Então tem a versão de 2005 de Orgulho e Preconceito com a Keira Knightley. Não gostei, mas tinha que comprar, afinal, é JA. E também tem o fato de que esse filme abriu espaço para outras coisas relacionadas a JA no Brasil. Foi depois desse filme que relançaram os livros aqui e tenho certeza de que ele influenciou o lançamento das séries da BBC aqui também (já vou chegar lá). Bem, aí tem o Clube de Leitura da Jane Austen. Esse filme é baseado num livro. Eu nunca li o livro, mas gostei do filme, bem divertido. E por último, mas não menos importante, a coleção Jane Austen.








Esse pra mim é um grande triunfo. Nessa coleção tem a minissérie de 1995 da BBC de Orgulho e Preconceito, além das recém-lançadas minisséries, também da BBC, de 2008 e 2009, de Emma e Razão e Sensibilidade. Mesmo já tendo a minissérie de Pride & Prejudice de 1995 eu não pude deixar de comprar essa coleção. Ela vem com papéis de carta! E adesivos imitando carimbos da época! Era mais forte que eu. Além do mais, a versão de Orgulho e Preconceito lançada no Brasil é a edição especial de 15 anos, com mais extras e entrevistas, coisas que não tinham no meu DVD antigo.
Estou agora esperando lançarem as outras minisséries da BBC de 2008. Fizeram adaptações de todos os livros, menos Orgulho e Preconceito. Por enquanto aqui foram lançadas apenas Emma e Razão e Sensibilidade, mas nada impede que chegue Persuasão, Northanger Abbey e Mansfield Park. É manter os dedos cruzados e esperar!

Bem, aí está tudo o que tenho sobre a Jane Austen. Se por um acaso quiser mais informações sobre o que eu tenho ou sobre o que está por vir, pode perguntar. Se eu souber eu te falo. Se por acaso você tiver informações, não exite em dividí-las comigo!

Beijos e até a próxima!

Akiko

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Eu e o mar

Boa tarde!

Aqui está o meu primeiro post no meu blog!

Tudo bem, a história é o seguinte: desde criança eu tenho uma certa fascinação pelo mar, pela praia. É tudo muito bonito. O céu azul, o mar, na maioria das vezes, azul (outras ele tá cinza, ou marrom), as ondas quebrando na praia e os nadadores quebrando elas sem dificuldade nenhuma.

Eu tenho uma longa história com o mar. E ao longo dos anos eu desenvolvi duas teorias:

1) o mar me ama
ou
2) o mar me odeia

Deixe eu explicar.

A primeira vez que fui pra praia, eu tinha por volta de 6 anos. Entrei na água com o meu pai me segurando de um lado e um tio do outro. As ondas quebravam na cintura deles, o que significa que elas passavam por cima da minha cabeça. Ou seja, levei uma série de caldos consecutivos, porque só tinha tempo pra tomar fôlego e me preparar para o próximo caldo. Eventualmente minha mãe viu, mandou meu pai me tirar da água, e tirou o couro dele logo em seguida.

Mas isso não me desanimou de forma alguma. Por volta dos 13 anos, voltei pra praia. E voltei a nadar. Dessa vez entrei sem ninguém me segurar pelas mãos (ia ser ridículo, se fosse de outra forma). Na primeira onda levei um caldo que demorei uns 30 segundos tentando descobrir que lado era pra cima e que lado era pra baixo. Eventualmente meu pai me pescou de volta pra cima.

Mas ainda assim, perseverei! Por volta dos 20 anos fui pra praia de novo! E nadei de novo! E fui levada pela correnteza. Tive que ser rebocada de volta para a areia pelo meu então namorado.

Depois desse dia eu desisti. Não completamente. Não falei "Nunca mais volto pra praia!" E sim, "Tudo bem, de agora em diante, vou só ficar sentada na areia tomando um solzinho e observando as ondas."

Parece o plano perfeito, não é? Não foi.

Nessas férias fui novamente para a praia. Manti minha promessa: não entrei na água.
E queimei o meu pé no sol tão bem queimado, que ele inchou e nenhum dos sapatos que eu tinha levado comigo pra praia serviam nele mais. Além da vermelhidão cor de catchup. E a dor.
Ah, a dor. Porque não só ardia, como doía toda vez que eu encostava o pé no chão. Ah, e o calor emanado por ele talvez não desse pra fritar um ovo, mas dava pra cozinhar ele um pouquinho. Já tem quase uma semana que o meu pé se queimou, e agora ele está mais ou menos voltando ao normal. Mas ainda dói, ainda fica quente de vez em quando, e ainda tá vermelho, mas não igual catchup.

Entenderam de onde surgiram minhas teorias?

Mas nessas férias, aprendi a lição: a próxima vez, eu vou pra piscina.

Beijos, até a próxima!
Akiko